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Recomendação de leitura

Prof. Eduardo Ariel

Visões diferentes sobre Design Thinking.


Tese apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências com o título "Integração da Engenharia do valor e do Design Thinking no processo de desenvolvimento de produtos".


Seguem abaixo alguns trechos da bela pesquisa de doutoramento realizada, pelo agora em 2020, DSc. Renato Vizioli:


Ainda segundo Cross (2008), os métodos de design têm basicamente duas características principais: formalizar certos procedimentos e externar o pensamento do design. A formalização é importante, pois evita a ocorrência do excesso de atenção em alguns aspectos em detrimento de outros. A externalização permite expor as ideias de soluções, a visualização e a discussão com base em um parâmetro comum. Com relação ao uso de métodos, Cross é categórico:

“Os métodos de design não são inimigos da criatividade, imaginação e intuição. Muito pelo contrário: direcionam talvez mais a novas soluções de design do que os procedimentos informais, internos e muitas vezes os pensamentos incoerentes dos processos de design convencionais.” (CROSS, 2008, pg. 48)

Cross (2008) divide os métodos em criativos e racionais. Os métodos racionais são mais conhecidos como métodos de design do que as técnicas criativas, os métodos racionais encorajam uma abordagem sistemática do design. Alguns designers alegam que os métodos racionais não estimulam a criatividade, e, por isso, não são recomendáveis quando o problema exige uma abordagem mais aberta (conforme será visto no item “4.1 O problema como estruturador da solução”).


Como metodologia considerada como criativa, o “design thinking”, por sua abrangência e por agregar em si outras ferramentas e técnicas como “post-up” e “brainstorm” (a serem vistas no capítulo “4 Ferramentas de criatividade”), tem sido utilizado por muitas empresas nas fases iniciais do processo de desenvolvimento de produtos. Por isso, considerou-se necessária sua inclusão como referencial teórico em capítulo específico e como componente de uma proposta de melhoria no processo de desenvolvimento de produtos.


Esta confrontação de divergência com convergência é explorada por Cross, que atesta: “Os psicólogos sugerem que algumas pessoas têm um pensamento mais naturalmente convergente, enquanto outras têm um pensamento mais naturalmente divergente.” (CROSS, 2008, pg. 195)

Segundo Cross (2008), os designers cujo pensamento é mais convergente, são normalmente bons nos detalhes do design, na avaliação e seleção das propostas mais apropriadas ou viáveis, a partir de um conjunto de opções. Já os que pensam divergentemente, normalmente são bons na conceitualização do design e conseguem gerar uma grande variedade de alternativas de soluções, e mais: ambos são fundamentais no processo de solução, porém, a maioria dos engenheiros apresenta um perfil mais convergente.


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